O jogo da raspadinha representa um problema para aproximadamente 100 mil portugueses, com 30 mil destes a demonstrar sintomas de perturbação de jogo patológico. Estas são algumas das conclusões do estudo intitulado “Quem paga a raspadinha?”, promovido pelo Conselho Económico e Social (CES) e que terá a sua apresentação marcada para esta terça-feira, dia 19 de setembro.
De acordo com informações veiculadas pela imprensa nacional, que faz referência ao estudo, o consumo regular de raspadinhas é três vezes mais comum em indivíduos de baixos rendimentos. Além disso, a investigação indica que os portugueses despendem, em média, 54 euros anualmente em raspadinhas. Contudo, o destaque vai para aqueles que auferem salários entre 400 euros e 664 euros, pois estes compram raspadinhas 3,1 vezes mais frequentemente do que aqueles com rendimentos superiores a 1.500 euros.
O perfil traçado do consumidor assíduo de raspadinhas aponta para indivíduos com mais de 50 anos, com níveis de escolaridade básica ou secundária e rendimentos inferiores ao salário mínimo.
Em declarações anteriores, em março, a DECO Proteste ressalvou a popularidade do jogo da raspadinha, associando-a à libertação de dopamina no cérebro quando se ganha um prémio. No entanto, a entidade fez questão de sublinhar que as raspadinhas não devem ser encaradas como um investimento, pois a probabilidade maior é a de se perder o montante investido.