O Comando Territorial do Porto da GNR constituiu três arguidos por crimes de dano contra a natureza, nos concelhos de Matosinhos e Vila Nova de Gaia, e recolheu 14 aves de espécies protegidas. A operação incluiu buscas domiciliárias e em viaturas, conduzidas pelo Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA).
*No dia 30 de dezembro, o Comando Territorial do Porto, através do Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA), deu cumprimento a cinco mandados de busca, incluindo dois domiciliários e três em viaturas, nos concelhos de Matosinhos e Vila Nova de Gaia. A investigação, relacionada com crimes de dano contra a natureza, culminou na recolha de 14 aves pertencentes a espécies protegidas no âmbito da Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies Silvestres Ameaçadas de Extinção (CITES).
Entre as aves recolhidas destacam-se quatro águias de Harris, três falcões-peregrino, duas corujas-das-torres, um falcão-lanário, um falcão-gerifalte, um búteo-de-cauda-vermelha, um ógea-eurasiática e um estorninho-malhado. Estas aves foram recolhidas por falta de documentação comprovativa da sua proveniência.
Além disso, foram elaborados três autos de contraordenação por condições higiossanitárias inadequadas para a detenção de animais, em violação da Convenção Europeia para a Proteção dos Animais de Companhia. Um dos autos foi remetido para a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), autoridade administrativa competente.
Os três suspeitos, dois homens de 47 e 53 anos e uma mulher de 39 anos, foram constituídos arguidos e os factos foram comunicados ao Tribunal Judicial do Porto.
A operação contou com o apoio do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) e reforço das unidades do SEPNA de Matosinhos e Vila Nova de Gaia.
A Guarda Nacional Republicana (GNR), através do SEPNA, apelou à população para denunciar situações de âmbito ambiental através da Linha SOS Ambiente e Território, que funciona permanentemente pelo número 808 200 520.