O projeto “umbilhete.pt” arrancou oficialmente esta sexta-feira, dia 10 de fevereiro, com a assinatura de um protocolo entre as Áreas Metropolitanas (AM) de Lisboa e Porto e o Instituto da Mobilidade e Transportes (IMT).
O objetivo da medida, que se prevê que seja uma realidade dentro de cinco a seis meses, é que haja um único título de transporte – como o Andante, do Porto, e o Navegante, de Lisboa – que possa ser usado em todo o país e em todos os tipos de transporte.
“Nós queremos uniformizar este tipo de suporte para que, por um lado, as autoridades que têm que gerar estes títulos possam aproveitar o trabalho umas das outras, um produto que seja feito por uma pode ser partilhado com os outros, e exista compatibilidade entre todas as regiões”, destacou o secretário de Estado da Mobilidade, Jorge Delgado, em declarações à Renascença.
Com este novo título, a ideia é que se possa adquirir o bilhete em qualquer sítio, através de um simples cartão ou de um telemóvel.
“E por via desta compatibilização, isto vai-me abrir a possibilidade de eu muito mais fácil criar tarifários, bilhetes, que sejam intermunicipais e inter-regionais e, no limite até um bilhete para todo o território”, esclareceu.
“Ao fim de cinco, seis meses, esperamos que possamos comprar um cartão em qualquer sítio e carregar os títulos de viagem em qualquer sítio também. Ao fim de dez meses, esperamos ter isso desenvolvido para as aplicações móveis e passados mais três meses ter isso também para utilização de cartões do tipo multibanco”, adianta.
Numa fase inicial, o projeto “umbilhete.pt” será apenas para os transportes públicos, mas a ideia abrange, a longo prazo, todos os modelos de transporte, como táxis e TVDE’s, até mesmo trotinetas e bicicletas.
“Claro que isto vai depender, depois da disponibilidade de cada operador privado para se adaptar e se integrar nisto. É um trabalho que vamos prosseguir porque entendemos que o sistema de mobilidade deve ser um sistema coeso, com estes elos todos ligados e oleados para que o cidadão que sinta confortável e sinta que é fácil utilizar estes meios”, realçou.
“O sistema de transportes públicos é a espinha dorsal do sistema de mobilidade, mas de facto faz todo o sentido permitir que o mesmo título que nos permite andar no transporte público nos permita inserir habilitação para utilizar meios complementares da mobilidade ativa”, concluiu.