A Ryanair anunciou a adição de duas novas aeronaves Boeing 737 à sua frota em Portugal para o verão de 2025, com base na Madeira e em Faro. O investimento, avaliado em 200 milhões de dólares, permitirá à companhia operar 169 rotas, incluindo quatro novas ligações: uma do Porto para Roma e três da Madeira para Milão, Shannon e Bournemouth.
A companhia aérea Ryanair anunciou a sua programação de verão para 2025 em Portugal, reforçando a sua operação com duas novas aeronaves Boeing 737, que serão baseadas na Madeira e em Faro. Este investimento de 200 milhões de dólares eleva a frota da empresa em território nacional para um total de 29 aviões e permitirá a criação de 60 novos empregos para pilotos, tripulação de cabine e engenheiros.
A Ryanair vai operar 169 rotas em Portugal, com a introdução de quatro novas ligações: Porto-Roma e três novas opções a partir da Madeira, com voos para Milão, Shannon e Bournemouth. Além disso, haverá um aumento da frequência de voos em rotas já existentes para Bruxelas, Dublin, Paris e Londres.
Apesar do crescimento da operação em aeroportos regionais, como a Madeira, que registará um aumento de 54% no tráfego no verão de 2025, a companhia não prevê expansão em Lisboa. A Ryanair atribui esta estagnação às taxas elevadas praticadas pela ANA – Aeroportos de Portugal e à falta de capacidade no Aeroporto Humberto Delgado, alegando que estas restrições afetam o tráfego, o turismo, o emprego e a economia da capital.
A empresa elogiou, no entanto, a decisão do Governo Português de rejeitar a proposta da ANA para que os passageiros do aeroporto de Lisboa financiem a construção do novo Aeroporto de Alcochete, cuja abertura foi adiada para 2040. Contudo, a companhia apela a novas medidas, incluindo a redução das taxas aeroportuárias na Portela e um plano urgente para expansão da capacidade do aeroporto.
Michael O’Leary, CEO da Ryanair, destacou que a companhia tem capacidade para duplicar o número de passageiros em Portugal nos próximos cinco anos, mas alerta que, sem uma redução das taxas aeroportuárias e um plano para ampliar a capacidade de Lisboa, esse crescimento poderá ser desviado para outros países europeus com custos operacionais mais baixos.