Em outubro, as fontes de energia renovável forneceram a maior parte da eletricidade consumida em Portugal, alcançando uma quota de 67% do total, segundo dados divulgados pela REN – Redes Energéticas Nacionais. Este número representa um aumento significativo em relação ao mesmo período do ano anterior, com um crescimento de 3,1% no consumo de eletricidade, ajustado para 2,1% após a correção dos efeitos da temperatura e do número de dias úteis.
O relatório da REN indica que a produção hidroelétrica se destacou com uma produtividade 75% superior à média histórica, enquanto a produção eólica superou a sua média em 22%. Este mês também foi marcado por recordes na entrega de energia eólica à rede nacional e na sua produção diária. Por outro lado, a energia fotovoltaica ficou 16% abaixo do esperado, com um índice de produtibilidade de 0,84.
No acumulado do ano até outubro, o panorama das fontes de energia no país apresenta a seguinte distribuição: 56% da eletricidade consumida foi provida por fontes renováveis, divididas em 24% de energia eólica, 18% hidroelétrica, 8% solar fotovoltaica e 6% biomassa. O gás natural respondeu por 21% do consumo, enquanto os restantes 23% foram cobertos por importações.
Paralelamente, o consumo de gás natural manteve a sua tendência de decrescimento, caindo 27% em outubro em comparação com o mesmo mês do ano passado. A utilização de gás para geração de eletricidade sofreu uma redução de 50%, em parte devido à maior disponibilidade de energias renováveis. O segmento convencional, que inclui a distribuição de gás para uso empresarial e residencial, registou uma queda de 6%.
Nos primeiros dez meses do ano, o consumo total de gás natural teve uma diminuição de 20% em relação ao ano anterior, com uma queda acentuada de 39% no segmento elétrico e uma leve redução de 4,3% no segmento convencional, atingindo o menor nível desde 2006, conforme informou a REN.