Vários exemplares de raias, que tinham sido capturados e colocados em cativeiros, foram devolvidos agora ao mar, revelou o IPMA – Instituto Português do Mar e da Atmosfera.
Mantidas vivas nas instalações do IPMA em Peniche, esta que foi a primeira operação de devolução ao mar de exemplares de espécies de raia capturados pela pesca comercial e mantidas em cativeiro. Foram devolvidos ao seu habitat natural um total de sete indivíduos, quatro de raia-pontuada e três de raia-manchada, com comprimento que variou entre 50 e 53 cm.
Em comunicado, o IPMA explica que “para se avaliar a respetiva taxa de sobrevivência a curto prazo, procedeu-se à monitorização do estado de saúde dos exemplares por um período que variou entre três semanas a sete meses”.
O local de libertação junto à ilha da Berlenga, a uma profundidade de 10 a 12 m, e de fundo de areia grossa e rocha, foi selecionado por estar próximo do local onde os animais tinham sido capturados pela frota comercial.
“Os resultados já obtidos, evidenciam uma sobrevivência elevada de raia-pontuada e de raia-manchada à captura por tresmalho, com posterior devolução ao mar”, termina o IPMA.
Esta ação foi realizada no âmbito das experiências de sobrevivência do Projeto PP-Centro (Projeto da Pequena Pesca na Costa Ocidental Portuguesa | MAR-01.03.02-FEAMP-0007 | Mar2020), em colaboração com o centro de mergulho JustDive – Blue Academy, de Peniche.