António Costa assegurou, no passado sábado, dia 4 de fevereiro, que Portugal vai ceder às Forças Armadas ucranianas tanques Leopard 2. Esta quarta-feira, dia 8 de fevereiro, no Parlamento, o líder do executivo confirmou que serão enviados três tanques blindados.
A decisão do Governo português foi transmitida por António Costa à agência Lusa no final de uma visita que efetuou à missão militar portuguesa na República Centro Africana, que decorreu no passado sábado, dia 4. Na mesma intervenção, o primeiro-ministro salientou que a cedência destes veículos em nada irá afetar a capacidade militar nacional em termos de equipamento.
Segundo António Costa, Portugal estava a trabalhar com a Alemanha para “permitir uma operação logística de fornecimento de peças, tendo em vista concluir a recuperação de alguns dos carros [de combate] que não estavam operacionais”.
“Uma operação que se destina a ceder à Ucrânia alguns tanques, sem que, naturalmente, Portugal deixe de ter a sua capacidade militar intacta. Obviamente, Portugal tem também obrigações no quadro da NATO, que não podemos deixar de cumprir em termos de disponibilidade de equipamento para intervenções em caso de necessidade”, salientou na altura o líder do executivo.
Esta quarta-feira, dia 8, António Costa respondeu ao deputado Bernardo Blanco, da Iniciativa Liberal, no debate preparatório do Conselho Europeu, no parlamento. “Nós neste momento temos em execução o plano de recuperação, de manutenção, dos tanques Leopard 2 e de acordo com a execução do plano estamos em condições de poder dispensar três no próximo mês de março”.
Em relação à controvérsia em torno de vários destes tanques Leopard 2, adquiridos pelas Forças Armadas nacionais em 2007, estarem sem manutenção há muitos anos, António Costa justifica dizendo que “alguns não estão operacionais e, por isso mesmo, temos de trabalhar simultaneamente com quem produz para assegurar a cadeia de abastecimento necessária, tendo em vista recuperar tanques que temos neste momento inoperacionais e podermos dispensar tanques operacionais, ficando nós com a nossa própria capacidade devidamente salvaguardada. É essa operação logística que está em curso”.