O New York Times sublinha a evolução do Porto, destacando a sua metamorfose de uma “cidade calma e industrial” para um vibrante centro criativo, atraindo diversos perfis de artistas, turistas e expatriados.
O Porto tem vindo a consolidar-se no panorama mundial como um destino atrativo não apenas para turistas, mas também para artistas, designers e criativos de várias áreas. Esta renovação da cidade, que alia tradição e modernidade, chamou a atenção do prestigiado jornal norte-americano New York Times.
Segundo o periódico, o Porto destaca-se pelo equilíbrio entre a oferta cultural, comercial e de lazer, que vai desde as “marisqueiras da velha guarda” até aos modernos “estúdios de cerâmica”. Citando Nicole Muscari, educadora e consultora de vinhos que escolheu a cidade para adquirir um apartamento, “os tipos criativos gostam de estar perto de coisas bonitas”.
A cidade Invicta é agora vista como um local “repleto de lojas concetuais e restaurantes casuais sofisticados”, atraindo tanto expatriados que regressam à sua terra natal, como chefs e designers que buscam os “encantos inatos da cidade, cujas raízes remontam a milhares de anos”.
O centro histórico do Porto, com a sua mistura única de arquitetura medieval, barroca, gótica e neoclássica, é particularmente destacado pelo New York Times como uma “inspiradora organização desorganizada”.
No artigo, o jornal também oferece um roteiro para quem deseja conhecer a cidade, com testemunhos de várias personalidades, como o chef Nuno Mendes, que destaca a rica tapeçaria arquitetónica do Porto, onde se pode observar “cinco, seis gerações de arquitetura empilhadas” e “azulejos por toda a parte”.
As sugestões de alojamento vão desde o Le Monumental Palace, ao M.Ou.Co e ao Rosa Et Al Townhouse. Na hora de comer, o jornal sugere uma variedade de restaurantes e tascas, como o Yakuza, O Rápido, Rogério do Redondo e Zé Bota, entre outros.
O New York Times não esquece a vertente comercial e artística do Porto, mencionando lojas e galerias emblemáticas, como a Earlymade, Senhora Presidenta e GUR. A cidade é ainda destacada como o “coração industrial do país”, onde se valoriza tanto a arte como a praticidade.
O Museu de Serralves é referido como uma referência na arte contemporânea, enquanto nos bairros da Ribeira e Cedofeita, o charme das pequenas lojas “teimosamente antiquadas” é realçado.
Finalmente, o artigo conclui com dicas de quem vive e trabalha no Porto: a melhor época para visitar, sugestões de passeios à beira-rio e um conselho bem-humorado: “não se discuta futebol, porque é toda a gente fanática”.