Os parisienses votaram no domingo, dia 2 de abril, para colocar fim ao uso das trotinetes elétricas na via pública.
De acordo com a presidente do município de Paris, Anne Hidalgo, os resultados do referendo foram “muitos claros”, com 89% dos votos a rejeitarem a presença das trotinetes na capital francesa.
“Não haverá mais trotinetes de aluguer em Paris a partir de 01 de setembro”, disse Hidalgo. Recorde-se que os contratos da cidade com as três empresas responsáveis por este serviço expiram em agosto.
A votação do referendo foi aberta aos 1,38 milhões de eleitores registados no município, contudo, pouco mais de cem mil pessoas votaram. “O resultado é baseado em apenas cerca de 100.000 votos expressos, o que equivale a uma participação eleitoral de 7,46%”, disse o porta-voz da empresa TIER.
Em declaração conjunta, as entidades Lime, Dott e TIER acusaram o município de adulterar as votações “Lamentamos que os parisienses percam uma opção de transporte compartilhado e verde. É um retrocesso para os transportes sustentáveis em Paris”, acrescentaram.
A presidente Anne Hidalgo e os deputados do seu partido (Social-Écologie) para o município já tinham feito uma campanha para banir o aluguer das trotinetes, considerando-o de “flutuação livre”. Um dos motivos pela qual levou os partidários e parte da população parisiense a adotar esta medida é o facto de estes meios de transporte serem deixados pela cidade sem controlo.