Uma mulher de 66 anos foi submetida a uma cirurgia considerada “simples” no Hospital Senhora da Oliveira (HSOG), em Guimarães. Uma semana depois, acabou por falecer.
A paciente, residente no concelho de Fafe, deu entrada no hospital no dia 13 de março, “para fazer uma cirurgia simples de remoção de um cancro benigno”, contou a neta ao JN.
Depois de uma semana cheia de complicações, em que foi perfurada três vezes no intestino, a mulher acabou por morrer no sábado, dia 18 de março, às 23.34 horas.
A família acusa os médicos de terem sido negligentes, culpando-os pela forte da familiar. Por seu turno, o HSOG emitiu um comunicado salientando que “iniciou o processo de inquérito para averiguar” o que realmente aconteceu com aquela paciente.
Doente esteve em paragem respiratória durante dez minutos
Na quinta-feira, dia 16 de março, a doente sentia dificuldade em ir à casa de banho queixando-se de uma cólica, contudo, os enfermeiros consideraram aquele comportamento “normal”. No mesmo dia, mas durante a noite, as dificuldades em falar eram notórias e e “só soluçava ao telefone”, conta a neta.
Por isso, no dia seguinte, 17 de março, a família recomeçou a ligar para o hospital, para que algo fizessem para ajudar a paciente que se encontrava em claras dificuldades. “Não me queriam dar informação, andavam a enrolar, mas lá acabaram por dizer que ela tinha tido uma paragem cardiorrespiratória de dez minutos e que estava nos Cuidados Intensivos”, disse a filha, Teresa Martins, ao JN.
De acordo com os familiares, Irene Ribeiro foi colocada em coma para lhe serem feitos exames que permitissem determinar a origem da paragem cardíaca. “O médico disse-nos que tinha havido três perfurações do intestino e que o quadro clínico era muito grave. Disse-nos para chamarmos os outros filhos que vivem no estrangeiro, que suspeitava que ela não chegaria ao dia seguinte”.
O HSOG foi questionado sobre o que realmente se passou com esta situação, emitindo um comunicado em que informa que “no âmbito da sua política de avaliação de risco e eventos adversos iniciou o processo de inquérito para averiguar, o modo de realização desta cirurgia, o risco associado à sua execução e o contexto – história clínica da paciente”.