A operação do metrobus na Avenida da Boavista, entre a Casa da Música e a Praça do Império, só deverá arrancar em abril de 2025, apesar de o canal dedicado estar concluído desde setembro de 2024. A Metro do Porto descartou a possibilidade de soluções provisórias, aguardando a entrega de dois veículos para testes e certificação antes de iniciar o serviço.
A Metro do Porto confirmou que a operação do metrobus na Avenida da Boavista começará apenas em abril de 2025, quando os primeiros dois dos 12 veículos adquiridos estiverem em condições de entrar em serviço. Os veículos, movidos a hidrogénio e comprados a um consórcio liderado pela CaetanoBus, deverão chegar entre o final de janeiro e o início de fevereiro. Estes dois veículos serão utilizados para a formação de motoristas e para os processos de certificação e homologação, que deverão durar cerca de dois meses.
O canal dedicado ao metrobus, que liga a Casa da Música à Praça do Império, está concluído e vazio desde setembro de 2024. A Metro do Porto considerou e rejeitou a hipótese de recorrer a autocarros da STCP para iniciar o serviço de forma provisória, argumentando que esta solução seria logisticamente inviável e demoraria mais do que a chegada dos veículos definitivos.
O plano inicial previa a utilização de autocarros convencionais da STCP no canal dedicado, mas diferenças técnicas, como a necessidade de portas do lado esquerdo para o metrobus, tornaram essa operação insegura e comercialmente desvantajosa. Este desacordo levou a tensões entre a Metro do Porto e a STCP, culminando na demissão de Cristina Pimental, então vogal não-executiva da Metro do Porto, em novembro de 2024.
O projeto metrobus, que também inclui um troço até à Anémona, em Matosinhos, representa um investimento total de 76 milhões de euros, com os veículos específicos para o sistema a custarem 29,5 milhões de euros. Financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência, o sistema é uma aposta na mobilidade sustentável e na inovação tecnológica.