Cerca de 400 imigrantes que trabalharam no Mundial no Qatar, poderão estar em vias de serem deportados depois dos seus contratos com empresas de segurança terem acabado precocemente.
A informação foi avançada pelo jornal britânico Telegraph, explicando que esta ação decorre após cerca de mil manifestantes terem saído à rua, no passado domingo, dia 22 de janeiro, contra as demissões em massa que aconteceram depois do torneio, na cidade de Doha.
Os protestos terão sido a gota de água, que envolveu estes trabalhadores, demitidos em dezembro, antes de os seus contratos terminarem. A publicação adianta que os profissionais ficaram sem três salários previstos nos contratos, bónus e também sem alojamento.
A empresa em causa é a Stark Security Services, com sede em Doha. Na altura, os cerca de 400 ex-funcionários terão alugado autocarros para os levarem até às sedes, onde a polícia foi chamada a intervir e terá detido alguns dos indivíduos. Testemunhas citadas pelo Telegraph explicaram que os manifestantes terão sido escoltados até às instalações onde estavam para recolher o que lhes pertencia, antes de iniciarem o processo de deportação.
De acordo com a publicação britânica foi até contratado um advogado, antes da manifestação, para que o caso fosse ouvido no Supremo Tribunal do país, mas o plano falhou.
Os trabalhadores do Telegraph encontraram ainda algumas listas de nomes afixados na zona residencial para trabalhores Barwa Al Baraha, em Doha. Nos documentos estava, segundo a publicação, uma “desmobilização” para centenas de trabalhadores a 19, 20 e 22 de janeiro.