Num ano atípico, a “Hora do Planeta” juntou, no dia 28 de março, mais de 190 países e territórios unidos pelo mesmo motivo, a proteção do ambiente, visando o mote da nova lei europeia sobre Restauro da Natureza, que será um enorme contributo para todo o trabalho de proteção e recuperação dos ecossistemas, contribuindo de forma decisiva para travar e reverter a perda de biodiversidade e recuperar habitats, sendo simultaneamente uma das ações primordiais para a mitigação e adaptação às alterações climáticas.
Em Portugal, neste ano, realizou-se uma corrida e uma caminhada, reunindo 478 pessoas num dos maiores eventos pela proteção da natureza. O ponto de partida e de chegada foi o topo do Parque Eduardo VII, onde às 20h30, teve lugar o habitual “apagão” dos monumentos lisboetas, seguindo-se de um momento de reflexão.
A “Hora do Planeta” (ou Earth Hour) é um movimento realizado pela Organização Não Governamental (ONG) World Wide Fund for Nature (WWF) para consciencializar e mobilizar a sociedade em torno da luta contra o a aquecimento global, que se realiza desde 2007. Num período de 60 minutos (correspondente a 1 hora) do último sábado de março de cada ano, governos, empresas e a população de todo o mundo são convidados a apagar as luzes para demonstrar a sua preocupação com o aquecimento global.
Para Ângela Morgado, diretora executiva da ANP|WWF, “A adesão ao evento deste ano revela o empenho e interesse dos cidadãos pelas questões ambientais. Na semana em que estava prevista a publicação de uma lei tão importante como é a Lei Europeia do Restauro da Natureza, fomos surpreendidos pelo anúncio do seu adiamento. Este facto deve deixar-nos a todos muito apreensivos já que esta será um instrumento absolutamente central para travar a destruição da natureza e paralelamente recuperar os danos que já provocamos. E é também por isso que apelamos a todos para levantarem a sua voz pela defesa desta lei e mostrarem a importância desta ao governo português”.
Em 2022, e como tem vindo a acontecer nos últimos anos, foram 117 os municípios portugueses que aderiram à “Hora do Planeta” e desligaram simbolicamente a iluminação dos seus edifícios mais emblemáticos.
Em Lisboa, o Castelo de São Jorge, Cristo Rei, MAAT, Ponte 25 de Abril e o teatro Lu.Ca, e no Porto, a Ponte do Freixo, Estação Ferroviária de S. Bento e Ponte Dom Luís I, em Vila Nova de Gaia, estão entre os espaços que decidiram aderir. Também as estações de comboio de Coimbra, Coimbra-B, Pampilhosa, Guarda, Figueira da Foz, Ermesinde e Famalicão desligaram as suas luzes pelo planeta.