O Conselho de Ministros reuniu-se esta quinta-feira para tomar medidas relativas à pandemia da Covid-19, sendo que o país vai continuar em situação de alerta até 5 de maio. A ministra da Saúde diz que a “evolução da situação é positiva” em Portugal, o que permite que uma das medidas adotadas seja o fim do uso de máscaras.
Depois de mais de dois anos de pandemia e com uma população quase totalmente vacinada, o Conselho de Ministros reuniu-se esta quinta-feira para adotar medidas de levantamento de restrições da covid-19. Estas medidas apenas entrarão em vigor depois de publicada a resolução aprovada nesta reunião, que deverá ser publicada esta sexta-feira mas, tratando-se de um decreto, ainda terá de passar pela promulgação do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.
A Ministra da Saúde, Marta Temido, destaca que “estão reunidas as condições para a não obrigatoriedade do uso de máscaras”, contudo, estas mantém-se nos “locais frequentados por pessoas especialmente vulneráveis” e espaços de “elevada intensidade de utilização e de difícil de arejamento” como, por exemplo, os transportes públicos coletivos. Nas salas de aula, o uso de máscara deixa de ser obrigatório.
No sentido dos testes de diagnósticos, deixa de haver regras, passando a ser apenas necessário em casos determinados pela DGS e deixa de ser exigido certificado Covid em qualquer das modalidade para as estruturas sociais e de cuidados de saúde.
Em relação à quarta dose de reforço, a ministra foca-se nas orientações da Agência Europeia do Medicamento e da comissão técnica de vacinação, garantindo que o Governo está a avaliar todas as possibilidades, sendo que a toma desta dose “acontecerá antes do próximo outono inverno podendo ainda haver uma antecipação”.
“Sazonalmente podemos ter de voltar a modelar medidas”, adverte a ministra que afirmou que vai o Governo vai manter “o princípio da proporcionalidade” e é por causa disso que se guia pelos indicadores mas que estes “tem de ser lidos em função das circunstâncias e dos contextos”.
A ministra da Presidência e a ministra da Saúde têm-se reunido de duas em duas semanas com os especialistas em saúde pública. “Teremos de ouvir os peritos ao longo do tempo e adaptar os comportamentos ao longo das mudanças de estação”, terminou Marta Temido.