Uma semana depois de ter conquistado o Oeiras Open 1, o português Gastão Elias replicou o sucesso e venceu o Oeiras Open 2. Este foi o segundo torneio do ATP Challenger Tour organizado de forma consecutiva pela Federação Portuguesa de Ténis no Complexo Desportivo do Jamor, com o apoio da Câmara Municipal de Oeiras. No mesmo palco, a italiana Elisabetta Cocciaretto ergueu o título mais importante da carreira ao vencer o Oeiras Ladies Open.
A 10.ª e última vitória da quinzena inesquecível de Gastão Elias (173.º classificado no ranking ATP) foi assinada este domingo, com os parciais de 7-6(4) e 6-1 frente ao italiano Alessandro Giannessi (178.º).
Apesar do cansaço que acumulou ao longo das últimas duas semanas, o tenista português de 31 anos voltou a superiorizar-se frente ao adversário, que já tinha superado nas meias-finais do Oeiras Open 1. Desta vez num encontro mais equilibrado, mas novamente resolvido em duas partidas e que até poderiam ter sido resolvidas mais cedo, não tivesse desperdiçado por duas vezes a oportunidade de servir para fechar o primeiro parcial (ao 5-4 e ao 6-5).
“Estas duas semanas vão estar lá em cima como um dos maiores feitos da minha carreira. Foram duas semanas excelentes e estou muito feliz pelo nível a que joguei, pela consistência que demonstrei e por me ter aguentado fisicamente. Acabei em boas condições e sem lesões, o que para mim é bastante importante. Não podia ter sido melhor e saio daqui muito feliz e com muita confiança”, afirmou o jogador da Lourinhã na derradeira conferência de imprensa no Jamor.
Com os títulos no Oeiras Open 1 e no Oeiras Open 2, Gastão Elias chegou aos 10 troféus de campeão no ATP Challenger Tour — nenhum português tem mais do que ele — e garantiu a subida ao melhor ranking desde outubro de 2018, o 156.º lugar.
Horas antes, o Court Central do Jamor também coroou como campeã Elisabetta Cocciaretto (233.ª WTA). A italiana venceu uma empolgante final de 3h09 frente à búlgara Viktoriya Tomova (107.ª), por 7-6(5), 2-6 e 7-5, e sagrou-se campeã do Oeiras Ladies Open, ITF de 80.000 dólares.
Atualmente com 21 anos, a jovem transalpina vivia a melhor fase da carreira (chegou a 108.ª do ranking WTA em junho de 2021) quando uma grave lesão no joelho e consequente cirurgia a afastou da competição até ao início desta época.
“Este título significa muito para mim, especialmente depois dos meses difíceis que vivi. Depois de ser operada passei um mês e meio a treinar numa cadeira, para melhorar a técnica das minhas pancadas, e só voltei a treinar normalmente em dezembro. Ganhar o torneio foi muito importante, mas mais do que isso é muito importante para mim voltar a jogar ténis, porque é a minha paixão. Vou recordar este torneio para o resto da minha carreira, porque foi o meu maior título até ao momento e na minha primeira visita a Portugal”, refletiu já em conferência de imprensa, depois de também se ter emocionado no discurso de agradecimento, em court.
A quinzena de ténis ao mais alto nível deixou Vasco Costa, presidente da Federação Portuguesa de Ténis, muito agradado: “É sempre gratificante termos tenistas portuguesas a vencerem e neste caso tivemos nas duas semanas o mesmo par português a ganhar e o mesmo jogador a vencer em singulares. O ideal seria termos ainda mais jogadores portugueses nas finais, mas estou muito contente com estas duas semanas. Foi magnífico termos as bancadas cheias, demonstra que as pessoas gostam cada vez mais de ténis e isso também está relacionado com o papel que temos desempenhado, de promover a modalidade. Estes torneios são um fator de promoção e com jogadores portugueses a vencer essa promoção é naturalmente ainda maior.”
