Em apenas 13 dias, Bruno e Sara Monteiro, jovens empreendedores do norte do país, venderam mais de 5 mil quilos de encomendas perdidas e não reclamadas nas novas lojas Blind Shot, localizadas no Porto e em Aveiro.
Bruno Monteiro tem apenas 18 anos, mas não lhe falta visão de negócio. Juntamente com a prima Sara Monteiro, de 23 anos, abriu no início deste mês a Blind Shot, um conceito inovador de venda de encomendas extraviadas ou não reclamadas. Segundo os próprios, em pouco mais de uma semana, escoaram mais de 5.000 kg de produtos nas duas primeiras lojas, no Porto e em Aveiro. Esta segunda-feira, dia 18 de março, o duo empreendedor abriu o terceiro espaço, agora em Viseu.
A ideia surgiu após uma viagem a França, onde Bruno conheceu o conceito de venda de “pacotes surpresa”. Segundo o jovem empresário, este fenómeno tem já forte adesão em outros países e começa agora a ganhar expressão em Portugal. “O mercado das encomendas por abrir é um fenómeno noutros países e começa agora a ser conhecido em Portugal”, afirmou.
A Blind Shot propõe uma experiência de compra pouco convencional: o cliente escolhe entre pacotes completamente lacrados e adquire-os ao quilo, sem saber ao certo o que vai levar. Os artigos provêm de grandes plataformas de comércio online como Amazon, Vinted, Shein, Temu ou AliExpress, e podem incluir desde brinquedos e roupas a dispositivos eletrónicos ou utensílios domésticos.
Bruno explica que mais do que uma simples compra, a Blind Shot proporciona “uma experiência divertida, imprevisível e até emocionante”. Os pacotes são vendidos em três categorias, com preços que variam entre os 24,99€/kg e os 19,99€/kg, consoante o peso total da compra.
A primeira loja abriu portas a 5 de março, na zona do Bolhão, no Porto. Menos de uma semana depois, a 11 de março, foi inaugurada a segunda loja, junto ao Fórum de Aveiro. Ambas registaram adesão imediata, com stocks esgotados em tempo recorde. Com a abertura da nova loja em Viseu, na Rua Major Leopoldo da Silva, a marca pretende consolidar a presença no centro do país.
Quanto ao futuro, Bruno Monteiro está confiante no crescimento da Blind Shot. “Terá futuro, até porque as encomendas não reclamadas não têm fim”, afirma.