O Governo Regional dos Açores está a preparar soluções para caso a crise sismovulcânica na ilha de São Jorge, no arquipélago dos Açores seja agravada durante os próximos dias. O chefe do Executivo admite que a situação é “preocupante” e as autoridades põe em cima da mesa a possibilidade da ocorrência de um sismo de magnitude superior ou até mesmo uma erupção.
“Temos de colocar todos os cenários possíveis em cima da mesa, não descartando qualquer um, ao nível de proteção civil de planeamento de emergência, de gestão de riscos”, refere Rui Marques.
Desde sábado à tarde que já foram registados mais de 1.800 sismos na ilha. A crise sismovulcânica acontece entre a vila das Velas, na zona sul da ilha, e a Fajã do Ouvidor, na costa norte. Segundo consta a SIC Notícias, o presidente do Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores (CIVISA) adiantou à agência Lusa que “a atividade sísmica continua muito acima dos valores de referência”.
“Não há qualquer sinal ou evidência de atividade vulcânica, quer pelo satélite, quer pelos sensores. Todas as ocorrências sísmicas têm origem tectónica. No entanto, pelo histórico e pela localização sucessiva dos epicentros, poderá ocorrer esta situação“, refere Clélio Meneses, Secretário Regional da Saúde.
Para precaver situações mais graves que possam acontecer nos próximos dias foram enviados equipamentos de busca e intervenção em estruturas colapsadas, detetores de soterrados e câmaras para buscas e meios da Proteção Civil, bombeiros e investigadores do CIVISA.
“Estamos a cuidar deste problema em permanência com os melhores técnicos para, no caso de ser necessário, termos a resposta preparada para intervir. Esta resposta tem uma natureza ao nível de necessidade de evacuações e de cuidados de saúde, afirma Clélio Meneses, secretário Regional da Saúde.