Portugal e Angola assinaram 13 acordos de cooperação bilateral, com ênfase nos setores económico e financeiro, numa cerimónia presidida pelo Primeiro-Ministro António Costa e pelo Presidente da República de Angola, João Lourenço. A assinatura dos acordos ocorreu no final da reunião de trabalho entre os dois Chefes de Governo e as respetivas delegações, durante a visita oficial do Primeiro-Ministro português a Angola.
Os acordos mais relevantes incluem o Programa Estratégico de Cooperação 2023/2027, o aumento da linha de crédito empresarial de 1,5 mil milhões de euros para dois mil milhões de euros, a licença de utilização das normas europeias na área espacial, nas políticas do mar, nos portos, na segurança alimentar, na formação de jornalistas e três contratos de financiamento.
Numa declaração conjunta, o Primeiro-Ministro salientou os avanços na cooperação bilateral desde 2018 e destacou a diversificação das novas áreas de cooperação. O Presidente angolano, João Lourenço, referiu que as relações entre os dois países têm um vasto potencial por explorar e que o Programa Estratégico de Cooperação 2023/2027 contempla um amplo conjunto de ações importantes.
António Costa anunciou que o Presidente da República português, Marcelo Rebelo de Sousa, convidará os Chefes de Estado dos países africanos lusófonos para as cerimónias dos 50 anos do 25 de Abril, destacando a luta comum contra a ditadura e o colonialismo. O Primeiro-Ministro revelou ainda que Portugal irá duplicar o número de bolsas concedidas a estudantes dos países africanos lusófonos e aumentar em 30% o valor dessas bolsas, a partir do próximo ano letivo.
Além disso, António Costa mencionou que a cooperação com Angola nos próximos anos irá abranger novos setores, como o turismo, a administração pública, a transição digital e a economia azul. O Presidente de Angola convidou os empresários portugueses a tirarem pleno partido da língua comum e salientou que a cooperação entre os dois países abrange praticamente todos os setores da vida nacional angolana, incentivando os investidores portugueses a explorarem oportunidades no agronegócio, na hotelaria, no turismo, na construção civil, no comércio, na indústria têxtil e no calçado.