Portugal não conseguiu alterar a data das eleições europeias de 2024, que ocorrerão durante um período de feriados. António Costa indica que o voto em mobilidade deve estar em pleno funcionamento nessa altura.
As eleições europeias serão realizadas entre 6 e 9 de junho do próximo ano, após uma tentativa de Portugal de alterar as datas não ter sido bem-sucedida. Neste contexto, a data coincidirá com a véspera de um feriado e um fim de semana prolongado, o que levou os representantes portugueses a tentarem uma mudança. No entanto, o consenso não foi alcançado, e o primeiro-ministro garantiu que estão a trabalhar para ter “em pleno funcionamento o sistema de voto em mobilidade”.
António Costa reconhece que vê a decisão de realizar as eleições nessa data “com preocupação”, como declarou aos jornalistas após o Conselho da Europa. “Na ausência de acordo sobre a data, aplica-se a data em que foram realizadas as primeiras eleições, e no próximo ano coincidirá com 9 de junho, que é a véspera de um feriado e de um fim de semana prolongado”, salienta.
Assim, apesar dos esforços, “cada país tinha reservas e não houve uma data de consenso”, acrescenta o primeiro-ministro. Para mitigar os efeitos dessa situação, Costa assegura que estão a “trabalhar para poder implementar plenamente o sistema de voto em mobilidade, que já foi utilizado experimentalmente em outras eleições, e faremos um grande esforço para que esteja em vigor no próximo ano, para pessoas que não estejam no local de residência habitual”.
O facto de ser apenas um círculo eleitoral nacional facilita a contagem dos votos, mesmo quando são realizados em mobilidade, uma vez que o local onde os votos são contabilizados não é tão relevante. No entanto, é importante salientar que as eleições europeias costumam ter uma taxa elevada de abstenção, pelo que esta data poderá contribuir para aumentar essa taxa.