A Rússia foi submetida a um período de suspensão do Conselho dos Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas, numa sessão que ocorreu em Nova Iorque. No total, 93 países votaram apoiando esta decisão de “castigar” o país, entre os quais Portugal.
Eram precisos dois terços de votos a favor para a Rússia ser suspensa do Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas. De um total de 175 votos, a maioria (93 votos) levou a cabo a decisão de suspender a Rússia, 24 países votaram contra e houve ainda a abstenção de 58 países, entre os quais o Brasil, Angola, Emirados Árabes Unidos, África do Sul, entre outros.
A Rússia, sendo um membro permanente do Conselho de Segurança da ONU e não podendo ser removida permanentemente, a suspensão preventiva foi vista como uma maneira significativa de a ONU mostrar desaprovação pelas ações da Rússia na Ucrânia.
“As ações da Rússia estão para além do razoável. A Rússia não está apenas a cometer violações dos direitos humanos, está a abalar os alicerces da paz e segurança internacionais”, mencionou Sergiy Kyslytsya, embaixador ucraniano das Nações Unidas.
Em resposta a estas votações, que culminaram na suspensão Russa, o vice-embaixador russo Gennady Kuzmin tinha apelado ao voto contra. “O que estamos a ver hoje é uma tentativa dos Estados Unidos de manter a sua posição dominante e controlo total”, disse ele. “Rejeitamos as alegações não verdadeiras contra nós, com base em acontecimentos encenados e falsificações amplamente divulgadas,” mencionou.
Esta é a segunda vez na história da ONU que tal acontece. A primeira ocorreu, datada de 2011, culminou com a expulsão da Líbia devido à repressão aos protestos populares no país por parte do regime de Muammar Kadafi.