A Polícia de Segurança Pública (PSP) confirmou, em comunicado, que o agente que se encontrava internado e em estado crítico no Hospital de S. José, em Lisboa, desde sábado, dia 19 de março, não resistiu aos ferimentos provocados pela agressão de militares, à porta da discoteca Mome.
“Na sequência dos factos referidos no comunicado de 19 do corrente mês, do Comando Metropolitano de Lisboa, a Polícia de Segurança Pública (PSP) informa, com pesar e dor, que, na sequência das agressões de que foi vítima em 19 de março de 2022, em ação policial, o Agente Fábio Guerra da PSP, faleceu hoje pelas 09h58, vítima das graves lesões cerebrais que sofreu”, informou a PSP.
“O Agente Fábio Guerra honrou, até às últimas consequências, a sua condição policial e o seu juramento de “dar a vida, se preciso for”, num gesto extremo de generosidade e sentido de missão. Disso nunca nos esqueceremos”, por ler-se.
Os outros três agentes envolvidos, que também sofreram ferimentos e foram hospitalizados, já tiveram alta.
“No dia 19 de março, dois militares, do regime de contrato, da classe de Fuzileiros, envolveram-se nos confrontos que ocorreram na madrugada desse mesmo dia, na via pública, junto de um espaço noturno, em Lisboa, tendo posteriormente informado as respetivas chefias”, lê-se num comunicado oficial.
No local encontravam-se “quatro polícias, fora de serviço, que imediatamente intervieram, como era sua obrigação legal”, acabando por ser agredidos “violentamente” por um dos grupos, formado por cerca de 10 pessoas. Durante a ação policial, um dos polícias foi “empurrado e caiu ao chão, onde continuou a ser agredido com diversos pontapés, enquanto os restantes polícias continuavam também a defender-se das agressões”, adianta a PSP.
Depois do sucedido, os agressores colocaram-se em fuga, segundo a polícia. Há já três suspeitos identificados pelas autoridades mas ainda não há detenções.
Ainda segundo a nota enviada às redações, “continuam em curso todas as diligências, em coordenação com a Polícia Judiciária, visando a identificação e detenção de todos os autores das agressões, que resultaram na morte” do agente.
Pelo menos alguns dos agressores são fuzileiros e encontram-se retidos em instalações da marinha, após terem sido identificados. Estariam a preparar-se para partir numa missão das Nações Unidas ao estrangeiro nos próximos dias, avançou a CNN Portugal.
Serão acusados de homicídio, depois do falecimento do agente que se encontrava em coma.
O incidente ocorreu na madrugada de sábado, dia 19 de março, quando os agentes da PSP tentaram separar agressões entre dois grupos. Apesar de se encontrarem de folga, ocorreram, como era seu deve, para garantir a segurança pública.