Nuno Borges assinou a quarta vitória da semana e colocou-se a um triunfo da história ao garantir o apuramento para a final de singulares do Maia Open II, o segundo torneio consecutivo do ATP Challenger Tour que a Federação Portuguesa de Ténis organiza com o apoio da Câmara Municipal da Maia. Em pares, o maiato e o portuense Francisco Cabral alcançaram o segundo troféu seguido na Maia e estabeleceram o recorde de títulos em 2021.
Já com a estreia no top 200 mundial ATP garantida, o tenista português de 24 anos derrotou o marroquino Elliot Benchetrit (388.º), por 6-2 e 6-2, para continuar a fazer história pessoal no complexo onde aprendeu a jogar ténis.
“Estou muito feliz. É sempre difícil gerir o facto de o adversário estar sempre a entrar e a sair do encontro e ter de estar preparado para enfrentar adversidades num momento em que ele decide voltar, mas tentei fazer o contrário, que era estar sempre lá e ser sempre consistente e acho que foi isso que me deu a vitória”, considerou o jogador do Centro de Alto Rendimento da Federação Portuguesa de Ténis. “Ele serve muito bem, tem boas pancadas e eu tive de fazer um bom jogo para conseguir ganhar mesmo nos momentos em que ele estava mais presente.”
Depois de ter caído nas meias-finais do Maia Open I, há uma semana, Nuno Borges jogará no Maia Open II a terceira final do ano e da carreira no ATP Challenger Tour (vice-campeão em Oeiras e campeão em Antália). A decisão maiata será a mais importante por ser a primeira em eventos da categoria 80.
A separá-lo do título, o bicampeão nacional terá o ex-número um mundial de juniores Chun-hsin Tseng (232.º). Tal como há uma semana, o tenista do Taipé voltou a derrotar o primeiro cabeça de série, Andrej Martin (118.º), nas meias-finais (desta vez por 6-1 e 6-2) e terá mais uma oportunidade de conquistar o primeiro título da carreira a este nível. A final está marcada para as 11 horas.
No frente-a-frente entre Borges e Tseng em singulares regista-se apenas um encontro: foi em 2018, na final do ITF de 15.000 dólares da Póvoa de Varzim, e o tenista asiático venceu por 6-3 e 6-4.
“Apesar de não ser um jogador muito grande, força e capacidade de explosão não lhe faltam. A bola dele anda bastante e mesmo para altura que tem não serve nada mal. A final não vai depender só de mim e vou ter de jogar bem e determinado para conseguir ganhar-lhe”, anteviu o jogador da Maia.
Por sua vez, o ex-número um mundial de juniores considerou que “o Nuno é um jogador muito agressivo e que coloca muita pressão nos adversários, por isso terei de estar preparado e ser rápido a movimentar-me no court. Ele está numa grande fase e muito confiante, mas eu também e estou ansioso pela final.”
A penúltima jornada do Maia Open 2021 terminou com um feito histórico: Nuno Borges e Francisco Cabral derrotaram o polaco Piotr Matuszewski e o austríaco David Pichler por 6-4 e 7-5 e conquistaram o sexto título em oito finais no ATP Challenger Tour, mais do que qualquer outra dupla ao longo da época.
“É especial e gratificante por todo o trabalho. Conseguir viver tudo isto ao lado do Nuno, que é um amigo de infância, torna tudo mais especial”, reconheceu Francisco Cabral. Já Nuno Borges, afirmou entre sorrisos que “vai ser uma boa história para contar daqui a uns anos. Nem jogámos assim tantas vezes juntos e eu não me dediquei muito aos pares, houve uma altura em que nem consegui competir, mas as coisas clicaram entre nós e não vejo porque parar. Estamos a jogar muito bem.”