Tratam-se dos vencedores da terceira edição da Eurekathon, a competição de data science promovida pela LTPlabs, Porto Business School e NOS. Este ano, a iniciativa contou com o apoio da Câmara Municipal de Matosinhos e do CEiiA que, enquanto parceiros sociais, vão implementar a solução vencedora de forma a otimizar as soluções de micromobilidade da cidade com o objetivo de tornarem o município mais sustentável.
Partindo do desafio ‘Como promover a transição de Matosinhos para a micromobilidade, rumo à descarbonização?’, a solução apresentada pela equipa vencedora permitirá que a Câmara Municipal de Matosinhos possa sustentar todas as suas decisões em dois modelos preditivos. Com estes modelos será possível prever os fluxos de circulação ideais, por zona, e recomendar, considerando todos os critérios avaliados, as transições de transporte mais prováveis, integrando não apenas as soluções de micromobilidade existentes, como todas as soluções de mobilidade.
A solução segue uma estratégia assente em três verticais, por forma a reduzir esse fluxo de circulação: experiência do utilizador, definição efetiva das zonas e otimização da frota.
A experiência do utilizador tem por objetivo promover a adoção de novos comportamentos e premiar esta transformação comportamental. A equipa recorreu ao cruzamento de dois modelos preditivos: um para calcular a poupança de emissões de CO2 com a viagem; e outra para recomendar o meio de transporte de micromobilidade mais adequado.
Já a definição efetiva das zonas permitirá otimizar a frota, garantindo um método para determinar a quantidade de bicicletas e scooters disponíveis em cada uma das zonas.
Durante a apresentação final do projeto, os ‘Blind Data’ revelaram que preveem taxa de penetração máxima de cerca de 5% para esta solução, o que possibilitará uma redução de 199 kg por dia de CO2, o que representa uma poupança de cerca de 73 toneladas de CO2 por ano no município de Matosinhos.
Teresa Bianchi de Aguiar, Senior Manager da LTPlabs, descreveu a “Eurekathon como um pilar muito importante na nossa estratégia de sustentabilidade, na medida em que conseguimos contribuir a nível social através daquilo que de melhor sabemos fazer: utilizar o analytics”. Recordou ainda, que as entidades organizadoras da competição se mantiveram “sempre fiéis aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas, em 2019 trabalhámos na área do bem-estar social, em 2020, num ano particularmente difícil, desafiámos os dados contra a fome, e este ano nada melhor do que pegar na problemática das alterações climáticas”.
Segundo Patrícia Teixeira Lopes, Associate Dean da Porto Business School, “Estamos, na Porto Business School, fortemente empenhados na concretização dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas em toda a nossa atividade e esta iniciativa tem o grande mérito de trazer para este desígnio o nosso talento mais jovem e aplicá-lo no desenvolvimento de soluções para resolver problemas concretos das populações locais.”
Já Filipa Santos Carvalho, Administradora da NOS, sublinhou que “a sustentabilidade é um tema crucial para a NOS, mas, na realidade, é um tema que nos deve mobilizar a todos, sendo um desafio das entidades públicas e privadas, mas também das cidades e de cada cidadão. A sustentabilidade é um tema incontornável e único, que fazia todo o sentido trazer este ano à Eurekathon”.
Esta 3ª edição da Eurekathon decorreu virtualmente entre os dias 12 e 14 de novembro e a apresentação dos 5 projetos finalistas teve lugar no Terminal de Cruzeiros do Porto de Leixões dia 20 de novembro.