Celebra-se a 17 de novembro o Dia Mundial de Combate ao Cancro da Próstata. Uma doença que mata, todos os anos, em Portugal, cerca de dois mil homens e que é, neste momento, o cancro mais frequente no homem.
De acordo com o urologista José Sanches Magalhães, médico com mais de vinte anos de experiência no Instituto Português Oncologia do Porto, “deixar de fumar, praticar exercício físico, manter uma alimentação saudável e evitar a obesidade, são conselhos que todos devemos ter presentes, conhecendo o enorme impacto que estes e outros comportamentos podem ter na nossa saúde”. “Estes são contributos para a prevenção de uma multiplicidade de doenças, entre as quais o cancro da próstata”, explica.
No que respeita ao Cancro da Próstata, estima-se que em Portugal, durante o ano 2020, tenham surgido 6759 novos casos. As estimativas (Globocan, 2021) indicam que em 2040 esse número ascenda a 8216, correspondendo a um aumento de 21,6%.
Este cancro é, atualmente, o mais frequente no homem – a próstata é uma glândula com uma dimensão semelhante à de uma noz e que se situa na pélvis, abaixo da bexiga, na frente do reto e atrás da base do pénis, e que envolve a uretra, o tubo que conduz a urina e o sémen do interior até ao exterior do pénis. A próstata, em conjunto com as vesículas seminais, é o órgão responsável por produzir o sémen.
Novembro é o mês dedicado à saúde masculina, com especial foco na prevenção do cancro da próstata. Segundo Sanches Magalhães, “é importante que, ao assinalar o Novembro Azul, se recorde não só a importância da prevenção e diagnóstico precoce do cancro da próstata, mas também, de uma forma geral, a importância de um estilo de vida saudável na prevenção das doenças”.
De uma forma geral, os homens (assim como as mulheres) devem estar vigilantes em relação a eventuais alterações no seu corpo, principalmente em relação aos seguintes sintomas:
- Espessamento, massa ou “uma elevação” na mama ou em qualquer outra parte do corpo;
- Aparecimento de um sinal novo ou alteração num sinal já existente;
- Ferida que não cicatriza;
- Rouquidão ou tosse que não desaparece;
- Alterações relevantes na rotina intestinal ou da bexiga;
- Desconforto depois de comer;
- Dificuldade em engolir;
- Aumento ou perda de peso sem motivo aparente;
- Hemorragia ou qualquer secreção anormal;
- Sensação de fraqueza ou extremo cansaço.
Se tudo isto for posto em prática, a Organização Mundial da Saúde (OMS) acredita que se pode evitar a morte de sete milhões de pessoas até 2030. Muitas mortes por cancro são evitáveis, com a OMS a estimar que entre metade e um terço de todos os cancros podem ser prevenidos através da eliminação ou diminuição da exposição a determinados fatores de risco.