O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, declarou-se hoje “indignado” com o ataque mais recente no Burkina Faso, que fez mais de 100 vítimas, o mais mortífero desde que a violência jihadista começou no norte do país, em 2015.
“O secretário-geral está indignado com o assassinato esta manhã cedo de mais de 100 civis, incluindo sete crianças, num ataque de assaltantes não identificados a uma aldeia na província de Yagha, na região do Sahel do Burkina Faso”, disse o seu porta-voz, Stephane Dujarric, numa declaração.
Segundo Dujarric, Guterres “condena veementemente este ataque horrendo e salienta a necessidade urgente de a comunidade internacional reforçar o seu apoio a um dos seus membros na luta contra a violência extremista e o seu inaceitável custo humano”.
Pelo menos cem civis foram mortos no norte de Burkina Faso, em Solhan, entre sexta-feira e hoje, naquele que foi o ataque mais mortal registado neste país desde o início da violência jihadista em 2015. O ataque e o número de mortos foram confirmados pelo Governo.
Sohlan, uma pequena cidade localizada a cerca de 15 quilómetros de Sebba, capital da província de Yagha localizada não muito longe da fronteira com o Mali, registou vários ataques nos últimos anos.
Um luto nacional de 72 horas foi decretado pelas autoridades, a partir das 00:00 de hoje até segunda-feira, 07 de junho, às 23:59, de acordo com o Governo.
Apesar do anúncio de inúmeras operações, as forças de segurança estão a lutar para conter a espiral de violência rebelde que provocou mais de 1.400 mortos e mais de um milhão de deslocados desde 2015, fugindo de áreas de violência.